A paralisia cerebral é considerada uma condição motora muito comum na infância. Ela acontece em decorrência de lesões ou alterações no desenvolvimento do cérebro, podendo ocorrer durante a gestação, no parto ou nos primeiros anos de vida. Como resultado, a criança pode apresentar limitações no controle motor, no tônus muscular e na coordenação, o que prejudica diretamente a funcionalidade e a qualidade de vida.
Com acompanhamento adequado e especializado, é possível estimular o desenvolvimento, a autonomia e fornecer qualidade de vida. É aqui que entra a Neuroafetiv, pois somos uma clínica multiprofissional domiciliar especializada em pacientes neurológicos.
A paralisia cerebral (PC) não é uma condição única e muito menos uma doença, mas sim um conjunto de distúrbios neurológicos que afetam o movimento, o equilíbrio e a postura. Entretanto, nem todas são iguais. Além de cada pessoa ser única, existem diferentes tipos, com manifestações e graus variados:
Cada criança com paralisia cerebral é única. Por isso, o tratamento precisa ser individualizado, respeitando o tempo, o ritmo e as limitações e potenciais de cada paciente.
A reabilitação neurofuncional infantil tem como principal objetivo trabalhar a capacidade motora e funcionais da criança, promovendo sua independência e bem-estar. Abaixo, listamos algumas frentes essenciais importantes na reabilitação:
✅ Melhora da mobilidade e coordenação:
Através de sessões de fisioterapia neurofuncional, trabalha-se a força muscular, o equilíbrio, a postura e o controle de movimentos. Também são utilizadas técnicas específicas, como o método Bobath, que são aplicadas para favorecer o desenvolvimento motor.
✅ Adaptação e estimulo às habilidades motoras:
A terapia ocupacional tem um papel fundamental na reabilitação de crianças com paralisia cerebral. Por meio de técnicas adaptadas, a terapeuta ocupacional busca promover a participação da criança nas atividades do cotidiano, mesmo diante das limitações motoras.
O objetivo é criar possibilidades funcionais, respeitando as capacidades de cada paciente e favorecendo sua autonomia dentro da rotina familiar.
✅ Desenvolvimento da linguagem, comunicação e alimentação:
Em muitos casos de paralisia cerebral (PC), a fala não está presente ou é bastante comprometida pela condição. Por isso, o trabalho da fonoaudiologia vai muito além do desenvolvimento da linguagem verbal.
A fonoaudióloga atua de forma essencial no estímulo à comunicação alternativa e aumentativa (CAA), ajudando a criança a se expressar por meio de gestos, pranchas, símbolos ou dispositivos eletrônicos adaptados. Essa forma de comunicação é fundamental para garantir mais autonomia, conexão com a família e participação social.
Além disso, a fonoaudiologia também é indispensável no acompanhamento das funções orais, como mastigação, sucção e deglutição, promovendo segurança alimentar, prevenindo aspiração e contribuindo para o bem-estar geral do paciente.
✅ Integração sensorial e estímulo cognitivo:
Crianças com paralisia cerebral podem apresentar dificuldades no processamento de estímulos sensoriais — como sons, toques, cheiros ou movimentos — reagindo de forma exagerada ou reduzida a essas sensações.
A integração sensorial é uma abordagem terapêutica que busca organizar e equilibrar essas respostas, contribuindo para que a criança compreenda melhor o que sente e interaja com o ambiente de forma mais adequada.
Durante a terapia ocupacional, são utilizados recursos específicos para trabalhar diversos estímulos, ajudando a melhorar a atenção, o foco, a autorregulação emocional e a resposta motora. Essa organização sensorial favorece também o aprendizado, a socialização e o desenvolvimento cognitivo, tendo impacto direto e positivo na rotina da criança e da família.
✅ Tecnologia assistiva como aliada:
A tecnologia assistiva é um recurso essencial no processo de reabilitação neurofuncional de crianças com paralisia cerebral. Ela envolve o uso de dispositivos, adaptações e estratégias que possibilitam ou ampliam as habilidades funcionais da criança, promovendo mais autonomia e participação nas atividades diárias.
Entre os recursos mais utilizados estão as órteses para posicionamento, cadeiras posturais, andadores, recursos de comunicação alternativa, talheres adaptados, entre outros.
Essas ferramentas não substituem o cuidado terapêutico, mas complementam e potencializam os ganhos funcionais, respeitando as necessidades e capacidades individuais de cada paciente.
Na Neuroafetiv, também desenvolvemos órteses de posicionamento para punho e braço, produzidas sob medida por nossa equipe de terapia ocupacional. Essas órteses têm como objetivo acomodar deformidades, promover conforto, prevenir lesões causadas por posicionamento inadequado e facilitar a funcionalidade nos movimentos.
Cada modelo é pensado de forma individualizada, respeitando as necessidades específicas de cada paciente neurológico, especialmente em casos como paralisia cerebral, onde o posicionamento adequado tem impacto direto na qualidade de vida e na evolução do tratamento.
Antes de iniciarmos o tratamento, realizamos uma avaliação personalizada para identificar as necessidades do paciente e oferecer um plano terapêutico adequado.
Cada atendimento é construído com propósito, acolhimento e escuta ativa. Acreditamos que a reabilitação neurofuncional é mais do que um conjunto de técnicas — é sobre respeitar a história, o potencial e os pequenos avanços de cada criança e adulto.
Se você é mãe, pai ou cuidador de uma criança ou adulto com diagnóstico de paralisia cerebral, saiba que não está sozinho. Estamos aqui para acolher, orientar e caminhar junto nessa trajetória.
Agende uma avaliação com a Neuroafetiv e conheça nosso modelo de reabilitação neurológica domiciliar em Porto Alegre e região.
Porque, com cuidado, afeto e especialização, cada passo pode se transformar em uma nova conquista.